Dois acontecimentos envolvendo partidas dos Vasco chamam atenção em um futebol brasileiro mergulhado em somas econômicas gigantescas, mas ainda perdido em rumos de gerenciamento da cartolagem.
Hoje, por exemplo, o torcedor vascaíno ficará sem jogo, já que a partida contra o Náutico foi adiada em função do caos que Pernambuco viveu nos últimos dias, por conta da greve de policiais militares e bombeiros.
Neste caso, os otimistas podem dizer que se tratou de acontecimento extemporâneo: ninguém podia prever que a greve ocorreria.
Claro que sim.
Era assunto já falado há semanas e o mínimo bom senso da CBF, se é que o caso cabe, recomendava o realinhamento prévio em vez de esperar – em vão – à última hora para o adiamento da partida contra o alvirrubro.
Depois, o jogo contra o Sampaio Corrêa: os dois clubes e a CBF entraram em acordo para a realização da mesma, sendo desautorizados a seguir pela UGC – Unidade Gestora da Copa, afirmando que as intervenções no estádio recém-inaugurado já começaram, inviabilizando o confronto entre os times.
É possível imaginar que ninguém tenha pensado na hipótese de também acertar com a Organização do Mundial 2014, dado que o mesmo até muda nossas leis no período da máxima competição de futebol no mundo?
O pior de tudo é pensar que tal confusão só acontece porque o Vasco está sendo punido ainda em decorrência do problema ocorrido em Joinville, rodada 38 do Brasileiro 2013, por ter entrado em campo – as condições daquela praça de guerra sem policiamento já constituíam motivo suficiente para que o jogo sequer começasse.
O futebol brasileiro, com sua enorme pujança econômica e uma condução que não se aceita nem nas mais simples peladas de rua.
Não há dúvidas de que a próxima eleição vascaína é fundamental para modificar o cenário de ontem, há pouco e hoje. Não é possível aceitar desmandos e confusões de terceiros.
@pauloandel