Terminou o jogo. Sai pra andar, dar uma espairecida. Voltei e, claro, o Facebook fervendo.
Pensei em escrever um resumo do que vi, mas acho que o que apareceu escrito na minha timeline resume tudo. Ah, obrigado aos coleguinhas de facebook pela colaboração.
“Aos meu queridos e eternos vices x, y, Zeh Augusto Catalano. Aquele abraço \o/ Nos vemos em 2015 !!!!”
“Eu tento, mas é difícil quebrar a tradição ! x, não falei ? VICE DE NOVO !!! Zeh Augusto Catalano! A choradeira é liberada!”
“‘Isso aqui não é Vasco, isso aqui é Flamengo’ não é uma música de torcida é uma verdade absoluta, uma profecia. Seu maior pesadelo voltou!!!!”
“Flamengo é a alegria do povo. Hoje divertiu seus torcedores, depois de na quarta-feira passada ter divertido os torcedores dos outros times. Por isso que todo jogador quer jogar no mais falado, o mais odiado e mais amado time de futebol.”
“No que estou pensando? Como é bom ser campeão… Com impedimento, sem impedimento. Entrou, apitou? Goooollll!!!”
“Absurdo!! Até quando os times pequenos serão prejudicados?”
“Já são dez anos que o Vasco está jogando o Campeonato Paulista, e não o Carioca, pois eles não ganham nunca. A felicidade é ver a torcida rival indo embora de cabeça baixa. Roubado é mais gostoso ainda” – Felipe, sucessor de Bruno na camisa 1 do Flamengo.
“Estadual não tem mais a graça de outros tempos. Ano a ano os cartolas matam mais um pouco a grande fonte de rivalidade do futebol brasileiro. Mas para quem levanta a taça tem valor. Polêmicas à parte, parabéns aos campeões”
Não vi, até agora, quase duas horas após o jogo, um único flamenguista dizer algo do tipo: Ganhamos, mas foi roubado. Apenas e tão somente a comemoração de uma vitória (empate) conseguida graças ao enésimo “erro” de arbitragem. E você, flamenguista, que trabalha, paga impostos, se preocupa com o seu futuro e dos seus filhos, que reclama da corrupção que assola o país… se cala e comemora mais uma vitória obtida através de um ilícito. O nome disso é hipocrisia. Tenha um pouquinho de vergonha na cara. Amanhã, ao aparecer aquele político que você odeia na tv, aquela roubalheira em alguma estatal, seja de que partido for, lembre-se de que você apoia a roubalheira dentro do campo, porque ela o beneficia. Você gosta de ver juiz roubar pro seu time! Seu goleiro acha mais gostoso. Então enfie seu rabo entre as pernas e não reclame. Você é parte importante da máquina. Inocente útil. Ou nem tão útil assim. Ou, pior, nem tão inocente assim. Parabéns por mais uma taça roubada pra colocar na sua eterna vitrine de vergonhas.
Título ganho, a transmissão de tv amplia o replay da jogada tentando elucidar se foi o pé do jogador impedido que empurrou a bola pro gol. Visa legitimar o ilegítimo, pois não importa se foi ele (foi) ou não o autor do gol. Ao correr pra bola, tocando ou não nela, o jogador participa da jogada e está, portanto, impedido. Mas ao ouvir a transmissão, milhões de pessoas, desconhecendo a regra, passam a acreditar que esse detalhe faz diferença.
Essas são duas capas do Globo, com intervalo de mais de uma hora de intervalo. O “pequeno detalhe” é o gol em impedimento. Letrinha pequenininha, no rodapé.
Então, meus caros, gostaria de dizer que meu saco está cheio. A ponto de explodir. Mas que eu não vou parar de resmungar, como dizem amigos meus, usando de todos os meios que possuo. Contra a roubalheira sistemática. Contra quem distorce intencionalmente o que se passa ante nossos olhos. Contra os hipócritas de ocasião. E contra os piores: os que sabem o que acontece, mas se fazem de seres superiores, impolutos e, do alto de sua posição em tvs, jornais, revistas, fazem média e mascaram a realidade do eterno favorecimento do “mais querido”.
Adilson? Inventou Barbio. A defesa errou no gol. Nada disso seria fundamental não fosse a arbitragem.
Termino citando frase lapidar do amigo Anderson Baltar: “Vai pra rua, protesta. Reclama de tudo e todos. É o cavaleiro anti-corrupção. Mas comemora título roubado. Você é ridículo.”
abraços,
Zeh