Inicialmente, minha opinião era de que a contratação de Jorginho poderia ser desastrosa para o Vasco, ainda mais num momento em que o time precisa de todas as vitórias do mundo no campeonato brasileiro.
Ainda bem que o futebol não tem lógica nenhuma, nem modelo matemático que o descreva.
Num partidaço, o Cruz-Maltino esmagou o rival no Maracanã pela Copa do Brasil ontem. Garra, luta, disposição, mesmo diante de um cenário adverso e de limitações.
Mais importante do que qualquer classificação na Copa do Brasil foi o Vasco olhar de novo para si mesmo, para seus torcedores e entender que o impossível às vezes é questão de razoabilidade e só.
Escrevi aqui outro dia que a reação no Brasileiro não era coisa do outro mundo. Depois o time empatou, perdeu e finalmente fez o que tinha que fazer: demitir esse mioma chamado Roth.
Não é hora de soltar fogos nem tecer megalomanias. Ainda é um quadro muito grave. Gravíssimo.
Mas uma vitória dessas eleva os ânimos, dá moral, abre expectativas das mais positivas e, claro, deixa estúdios e redações numa puteza sem tamanho.
Se tivesse jogado assim em três ou quatro partidas em que perdeu no Brasileiro, o Vasco já seria meio de tabela para cima. Também já escrito aqui, em partidas cruciais contra Grêmio, Palmeiras e São Paulo, o resultado poderia ter sido outro, bem outro.
Dezenove rodadas à frente.
Vais ser muito difícil superar tudo.
Agora, mais difícil ainda é algum vascaíno que viu esse clássico de ontem ainda não acreditar, nem que seja por um dia ou uma rodada só, que reagir é possível.
Aos que tiverem dúvidas, o VT no PFC permite uma análise mais detalhada.
@pauloandel
Imagem: AE