Ninguém vai se deixar enganar, é claro: a situação continua muito difícil matematicamente falando, embora absolutamente longe do impossível.
Lá estão os nove famigerados pontos para se deixar a zona de rebaixamento. Mas é bom que se diga: já foram doze, treze. E há outros 33 em jogo.
Agora, até para olhares estrangeiros, o Vasco tem mostrado em suas últimas exibições algo que aquece qualquer coração honesto: garra.
Muita garra!
Na vida, nada funciona sem plena vontade. E no futebol não poderia ser diferente.
Você pode ter o melhor elenco, o maior craque do mundo, a mídia a favor.
Sem garra, amigo, a coisa não anda.
Navegando contra a maré, lutando contra perseguições e injustiças, as ridicularizações vis de parte da imprensa, aí está o Vasco mais uma vez desafiando definições.
Pode dar certo, e todos querem isso, ou não.
Mas o mais importante agora é: cada partida deve ser jogada como se fosse a última. O empenho deve ser aquele como se o jogo fosse a última coisa a ser feita na Terra. E mergulhar de cabeça, pouco importando se as manchetes continuam mofadas.
Garra, o time tem de sobra. Agora pega o Sport – que acabou de perder seu treinador -, a Gávea, o Avaí fora e depois a Chapecoense.
Doze pontos conquistados soariam como ufanismo pueril?
Ok, dez. Não seria nenhum absurdo.
Caso isso aconteça, podem apostar que os nove pontos lá de cima vão cair pela metade. E aí vão restar oito jogos para o sprint final.
O momento é agora.
Os erros ficaram para trás, todo mundo sabe dos problemas que existem e não é hora de se lamentar.
O que passou já foi. Não dá para consertar.
Mas o presente e o futuro estão aí, vivos, totalmente disponíveis.
Pensamentos positivos, torcida, fé, determinação, tudo isso pode ajudar de alguma forma.
A torcida sempre canta que o Vasco é o time da virada.
Eis uma excelente oportunidade para repetir o refrão a plenos pulmões.
@pauloandel