A eleição para presidente teve um resultado muito dividido. Em três. Dilma, Aécio e as abstenções tiveram resultados muito próximos. Um percentual baixíssimo manteve Dilma no Palácio do Planalto.
Quando você vota em alguém ou deixa de votar em ambos, pode fazê-lo por uma opinião, independente de ser certa ou errada, por visar o bem comum, o bem do país, o seu próprio bem ou por um interesse qualquer, lícito ou não.
Certo é que nunca vi ninguém votar no candidato pior objetivando a destruição do país. Ou da entidade.
O que quero dizer com isso?
Há gente má que votou no Aécio. Há bandidos que votaram em Dilma. Há escroques que se abstiveram.
Mas a maioria é gente boa que realmente acreditava em a, b ou c.
Então, xingar quem votou no lado oposto ao seu é um grande erro. Porque a gigantesca maioria dessas pessoas o fez esperando o melhor e não por interesses obscuros. Pior que isso, ao ofender quem não pensa igual a você, você ao invés de convencer essas pessoas de que elas erraram em sua escolha, estará dando a estes um novo reforço: o ódio.
O eleitor já pode (deve) estar completamente arrependido da escolha que fez. Até que vem a ofensa. O deboche por sua escolha. Nessa hora, ele passa a ter a certeza de que a outra opção teria sido pior, exatamente por causa dessa reação.
Desopilar seu fígado em público só reforça o outro lado. Seja ele qual for. Precisamos de convencimento, não de escárnio ou deboches. No fundo, todo mundo quer ver o Brasil no caminho certo. Tirando aquela meia dúzia. Os demais estão ai, pra serem convencidos. Por ideias.
E eu olho pro planalto e vejo São Januário.