Autor do gol único nesse “primeiro tempo” da decisão, do alto de seus 1,67 m, Jorge Henrique, ao fim do jogo, disse ao canal Premiere:
Sabemos que não fizemos uma grande partida. O Botafogo foi melhor, mas nossa aplicação tática veio a coroar com o gol. Agora, vamos trabalhar na semana para fazer um jogo diferente na próxima partida
Pois ele tem toda a razão!
Fizemos uma partida ruim. Fomos dominados praticamente todo o primeiro tempo. Mostra bem isso o fato de nosso primeiro escanteio ter acontecido apenas no início do segundo tempo.
No segundo melhoramos pouco, mas o Botafogo continuou melhor.
Mas se no coletivo íamos mal, os talentos individuais de nossos melhores jogadores no momento falaram mais alto.
Como eu escrevi em algumas colunas anteriores, hoje tanto o fator Nenê quanto o fator Martín Silva foram determinantes para a nossa vitória.
Nenê que tinha muito poucos espaços para jogar, marcado por dois, na lateral direita – desfavorável ao seu pé melhor, fez uma jogada de craque, criou o espaço e deu um passe – muito mais que um cruzamento, para nosso “gigante” Jorge Henrique aproveitar-se da hesitação do excelente goleiro Jefferson e cabecear para as redes.
A expulsão corretíssima do atacante alvinegro Sassá me deu a ilusão de que poderíamos (e deveríamos!) marcar mais gols e praticamente “liquidar a fatura”, mas espantosamente o adversário ficou mais perigoso ainda.
Mas isso não foi suficiente para vencer a espetacular forma de nosso goleiro. Parafraseando o narrador Luís Roberto da Rede Globo, como é bom goleiro esse uruguaio!
No final das contas, diante da partida ruim que fizemos, acabou sendo bom o resultado. Levamos uma boa vantagem para o decisivo jogo de domingo que vem quando o empate será o suficiente para o bicampeonato.
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Pés no chão e sem “oba-oba”.
Não ganhamos nada ainda. Estamos há 24 jogos sem perder? Pois basta um derrota no próximo jogo e de nada terá valido toda essa invencibilidade.
Com fé no trabalho que vem sendo muito bem executado, temos uma grande chance de chegarmos lá. Deixemos para comemorar no momento certo.
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Fim do jogo, voltando de carro para casa, ouvindo a entrevista coletiva do técnico adversário que ao analisar a expulsão de seu jogador Sassá, lançou a seguinte pérola: “…o juiz deveria ter levado em consideração a ansiedade do Sassá… Ele estava há muito tempo sem jogar…”
Aí não, né Ricardo Gomes…?
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Por falar em técnico, que novelinha chata essa do Jorginho vai ou não vai para o Cruzeiro, hein???
Ano passado já foi essa “lenga-lenga” com o Doriva – assediado pelo Grêmio na ocasião. E agora novamente isso?!?
Nem vou comentar muito. Aparentemente já está tudo resolvido. FOCO na decisão!!
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Na empolgação da vitória, ouvi vascaínos dizerem que o Jorge Henrique se parece com o Romário…
Menos… MUITO menos, por favor. No máximo a mesma altura e o andar parecido.
E só.
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É isso. Uma imagem que diz muito. Absolutamente nada a comentar. Que quem deve se envergonhar, envergonhe-se!
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Como é bom… Como é ÓTIMO ver um jogo no Maracanã!!!
Domingo que vem, eu volto. E, espero, sair de lá com a faixa de bicampeão INVICTO devidamente colocada sobre o meu peito!