Assim como em 2015, foi preciso chegar a uma situação irreversível para finalmente o “messias” tomar uma atitude que se espera de um mandatário.
Foi preciso sermos desclassificados de forma vergonhosa (sim: vergonhosa, ou vocês acham que o time do Vitória é ao menos bom?) da Copa do Brasil, foram precisas duas derrotas contra nossos rivais cariocas (Flu e Fla), uma eliminação na Taça Guanabara, derrotas por goleadas, para times pequenos, várias e várias substituições equivocadas, não dar nenhum padrão ao time, etc, etc, etc, para finalmente o “capo” tomar uma atitude.
Aliás, se houvesse qualquer competência nesse que hoje preside o nosso clube, Cristóvão Borges sequer seria cogitado a ser nosso treinador. Mas o que esperar de quem contratou e manteve Celso Roth por intermináveis rodadas e derrotas, até quando já praticamente não havia mais chance de reversão?
Ou seja, depois do leite derramado…
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Após o clássico, foi confirmado o novo técnico: Milton Mendes.
Assim que foi anunciado pelo site Globo.com, choveram críticas nas redes sociais.
Ok: ele também não era o meu técnico dos sonhos, mas eu acho muito precipitado para afirmar que dará errado ou que dará certo.
Pelo menos no caso dele, eu desconheço com mais detalhes o seu trabalho como técnico (ao contrário do anterior que, infelizmente, já era de conhecimento de todos nós vascaínos). Talvez salvo os vascaínos de Pernambuco, arrisco dizer que poucos conhecem o seu trabalho com mais detalhes.
Eu, particularmente, sequer sabia que ele foi formado e jogou no Vasco no final dos anos 80. As notícias dizem que ele é um dos poucos técnicos brasileiros que tem os quatro níveis completos do curso para técnicos da UEFA. Isso, na minha opinião, não quer dizer muita coisa, a não ser que ele pode trabalhar em qualquer clube do mundo.
Outra diferença do anterior é que, ao menos, Milton Mendes, mesmo com pouco tempo de carreira de técnico, já tem dois títulos conquistados: a Copa do Nordeste (a famosa “Lampions League”) e o Campeonato Pernambucano, ambos em 2016 e pelo Santa Cruz. Mas também sei que ele foi demitido do “Santinha” no meio do Campeonato Brasileiro do ano passado e que o time pernambucano, ao fim do campeonato, acabou rebaixado à serie B.
Esperemos pois alguns jogos, a postura tática do time, suas substituições, etc., antes de criticá-lo.
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Sobre o clássico de hoje, só o fato de não termos o “pisca-pisca” na beira do campo já nos trouxe algum alento. Valdir “Bigode” comandou o time e tentou fazer o simples com o que tinha disponível.
A meu ver, o time já se portou melhor – ainda longe do ideal, mas sem dúvida melhor que nos últimos 14 jogos. Fez as substituições corretas e tentou motivar os jogadores para vencer o Botafogo.
Martin Silva nos salvou em duas oportunidades e o Jean em outra, mas também criamos as nossas e o zero a zero acabou sendo justo.
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E com o resultado chegamos ao décimo jogo sem perder do Botafogo – eles não nos vencem desde o Campeonato Brasileiro de 2013. De lá para cá são cinco vitórias e cinco empates.
Mas convenhamos: resultado normalíssimo diante do nosso maior freguês.